sexta-feira, 1 de julho de 2011

Embriagada.

Uma fracassada, bêbada, perdida a tantos drinks em um bar de esquina.
Em meio a uma bebida e outra, trocam de olhares indesejados, bocas mudas sendo usadas apenas pra se embriagar. Na hora da saída foi inevitável a aproximação dele. Ele disse: -Hey! Como está sendo seu feriado?
- Foi até bom, melhor que o seu, eu me certifico, então, pra ser bem sincera isso não me importa não interfere em nada saber como foi o seu feriado, ou se está bem... Então tchau.
- Desculpa, mas preciso saber por que ainda não vieram te buscar.
- Como assim?
- Você sabe que está esperando a pessoa certa te levantar.
- Pois é. Não percebi que você havia notado.
- Você não nota muitas coisas, nem as mais obvias.
- (...)
- Talvez você devesse notar mais quem sabe mais de você do que você mesmo, esse alguém pode ser alguém que saiba exatamente como te levar ao lugar que você pertence
- Talvez eu tenha passado tanto tempo olhando ao meu redor em procura de alguém que me ergue-se, acabei ficando cega. Mas acho que voltei a enxergar, um pouco embasado.
Eles sorriram do seu duplo sentido.
-... E então isso interferiu em algo?
Ela colocou os braços em volta do pescoço dele, sorriu. Eles se encararam por alguns segundos.
- Já pode me levar pra qualquer lugar que você esteja.

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