quarta-feira, 27 de abril de 2011

Espelho.


Aquele sentimento de repugnância
O nojo de ver o meu reflexo no espelho
Mostrando-me tudo aquilo que eu finjo não ser

Minha vida é baseada em outras vidas
Como é que eu posso-me sentir vendo a felicidade de outra pessoa?
Se a minha está destruída
Tudo que eu faço ninguém nota

Mas qualquer um sabe e finge não saber
O jogo que eu crio pra aparecer
Sempre sem sucesso
E o meu fracasso insiste em se mostrar na minha face e nos meus atos
Todos vêem o meu sofrimento maior que é não saber viver

O meu medo é aceitar o erro meu
Mas a minha vontade maior é me olhar no espelho e sorrir
Aceitar meus defeitos aqueles que estão além do que podem ver
Aquele defeito que eu posso sentir, mas não posso corrigir.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A ruína e a reconstrução.


A paz da sua vida não te impede de sonhar
Com venenos, corpos sangrentos, cigarros, bebida forte e gritos
Lamento todo seu trabalho de aparentar ser um cidadão de bem
Em quanto seus desejos secretos são assustadores, disso você sabe bem
Na sua mente você imagina coisas que até o diabo se assustaria
Mas em meio a tanta farsa, a tantas historias de terror
- Abraço
E você já sente a obrigação de proteger alguém.
Bom ou ruim. Isso não existe
O que existe é você: Onde se encontram os dois.
A ruína e a reconstrução.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Falsidade.

Sentimentos que eu senti e que você nunca sentiu
Você olha pra mim e diz que me entende sem saber um terço do que eu passei.
Cometo algum erro e você é o primeiro a apontar pra minha cara e dizer que eu errei.
Quando eu fizer o mesmo não venha me dizer que o errado de novo sou eu.

E eu que teimava em acreditar que essa amizade era recíproca.
Iludida de que tudo que eu construí seria inabalável.
E agora eu só quero saber desde quando você se tornou melhor do que eu?

Quando todas as minhas forças estiverem acabadas.
Você não será uma pessoa onipotente.

domingo, 3 de abril de 2011

Pierrot.






O pierrot apaixonado chora pelo amor da colombina e na esquina se mata a beber pra esquecer e o pierrot só queria amar e dar um basta a esta dor já sem fim, mas colombina trocou seu amor por arlequim e o pierrot, chora!

Disponha.

E do ultimo andar do teu prédio eu me deponho a jogar
E do teu silencio eu me disponho a acompanhar
Sua lagrima me permita enxugar
Acorde e veja quem está lá fora te esperando sorrindo
Veja os que querem estar presente apenas pra você
Abra as cortinas me deixe sorrir pra você
Vamos nos portar como crianças
Agir como adultos que se amam
Você não precisa de ajuda
Só precisa acordar e ver o sonho com seus próprios olhos.

Sem sentido.

Eu já não sinto nada, sentindo o absoluto de tudo
Sempre tem alguém melhor que você
No meu caso todos são melhores que eu
Se eu lhes conta-se meus problemas
Ririas de mim
Não pergunto mais como estais
Para não me sentir pior
A musica não me completa mais
A musica agora não passa de musica
Os poemas não passam de letras perdidas
Não encontro sentido em nada
E não sei se vai ser pra sempre assim
O pra sempre acaba
Mas mesmo assim o passado nos tortura
Não espero que leiam minhas palavras sem sentido e tentem as entender
Essas palavras sem sentido expressam toda razão do meu viver
Sem sentido pra sempre assim deve ser.